sábado, 31 de dezembro de 2011

Quebra de Paradigma

Como você sabem, o ano de 2011 foi um ano muito difícil para mim. A Neiva (minha mulher), teve pela terceira vez, câncer. Foram quatro cirurgias, seções quimioterapia (por isso raspei o cabelo) e mais a radio terapia. Na segunda semana de dezembro o médico suspeitou de câncer de pulmão. Foi uma semana de muito sofrimento. Até que na quinta feira que antecedeu o Natal, veio o laudo do Pet-Scan, este constatou que não há mais câncer. Foi um prêmio da loteca. Todos nós ficamos felizes em saber desta boa noticia. Acredito com muita fé e perceverança que o ano de 2012 será bem melhor! E para encerar o ano de 2011, e começar um Ano Novo com o pé direito, resolvi desafiar a proposta do convencional do relógio. Para entender do estou falando, vou sintetizar como é que é o sentido dos ponteiros do relógio ou sentido horário, que no Inglês se abrevia como CW deClockwise, é o movimento circular de rotação num plano, que se desenvolve no topo do círculo para a direita, a seguir para baixo e depois para a esquerda, retomando o ponto original no topo. O movimento contrário, que vai no sentido oposto ao descrito, é o sentido contrário aos ponteiros do relógio, ou sentido anti-horário, que no Inglês se abrevia como CCW de Counterclockwise. Diz-se ainda que o sentido dos ponteiros do relógio é o "sentido positivo" e o sentido contrário aos ponteiros do relógio é o "sentido negativo".
Pois bem, com isso fiz um pequeno relógio que “anda” no sentido anti-horário. Aproveitei e fiz também um porta retrato. Utilizei-me de algumas madeiras, a saber: “maria preta” para o fundo, marupá para a moldura do porta retrato, e cedro rosa para a moldura do quadro. Comecei no dia 31-12-2011 de manhã, quando eram 20:30 estava findado. Eu gostei muito da proposta. Com isso quero iniciar bem o ano de 2012. Quem quiser fazer um igual, é bastante simples, lembrando que utilizei a sabedoria egípcia, ou seja, a proporção áurea. Por isso quando olhamos, da uma sensação gostosa ao observador.





terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Simplicidade

Por definição simplicidade é a qualidade daquilo que é simples, que não é composto. É a simplicidade dos elementos, ausência de complicação, simplicidade de raciocínio, naturalidade. É a falta de luxo, de pompa, de sofisticação. No entanto ao buscarmos este conceito para o trabalho, vemos que para as organizações poderem sobreviver e adquirir competitividade no próximo milênio é necessário introduzir a cultura da simplicidade nas suas atividades. A simplicidade sempre ajuda as pessoas a trabalhar de modo mais inteligente, proporcionando maior agilidade e flexibilidade através da simplificação dos processos. Precisamos voltar à nossa atenção às coisas simples, pois as melhores soluções, às vezes são as mais simples. Mas, sempre tem um mas, é preciso que os nossos pensamentos e a ações sejam simples. E para atingir este objetivo é necessário que adaptássemos a simplicidade em nossas vidas. Bom, muito papo filosófico vamos ao que interessa. Aproveitando sobras de construção civil, fiz um banquinho de uma madeira que, apesar de nobre, não gosto. É o cambará, mas como não costumo desperdiçar madeira, resolvi fazer um banquinho, super simples. No entanto há outro, cuja beleza salta aos olhos, é o da madeira mais bela de Santa Catarina, o ariribá. Esta madeira eu conheci o seu nome na tenra idade. Porem só foi possível conhecê-la faz pouco tempo. Foi amor a primeira vista. Somente pessoas especiais são agraciadas com os trabalhos que faço nesta madeira. É rara, difícil de ser encontrada. Mas o paradoxo do estado da arte ai está, fazendo um contraponto com a simplicidade. É extremamente simples de fazer o banquinho, qualquer pessoa, que possua algum traquejo com as mãos, poderá chegar a um resultado até melhor que este. Chega de lero-lero e vamos às fotos.




sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sapateira

O significado da palavra Sapateira, é da classe gramatical substantivo feminino (s.f.) que compõem as palavras sapato mais o sufixo eira. Gente deixemos a teoria de lado e vamos logo para a definição: sapateira é um móvel ou utensílio em que se guardam sapatos.
Para que a sapateira seja perfeita, o primeiro passo é saber quantos sapatos ela deve acomodar. No caso das mulheres, este número tende a ser muito grande! Mas, brincadeira de lado, faça o cálculo contando os pares que você tem hoje e imaginando que, para cada par novo, um será descartado (!!??). Considere sempre uns dois pares a mais. Uma boa sapateira tem que dispor os sapatos enfileirados de maneira que possam estar sempre a vista e com ventilação para evitar cheiro forte e mofo. Lembre-se também que não se deve guardar um par de sapato sem antes limpá-lo por dentro e por fora.
Busque organizá-los fora de caixas. Se preferir, embale-os em sacolinhas de TNT e etiquetadas, para facilitar na hora da escolha. As prateleiras estão fixas, mas podem facilmente, serem removidas. É a forma mais prática de visualizá-los na hora de escolher porque eles ficam enfileirados. Desta forma um não atrapalha o outro. Pense na profundidade da sapateira para otimizar espaço, ela deve acomodar um sapato apenas. Nesse caso, não há necessidade de corrediças porque todos os pares estarão na frente.
A minha “cliente” adorou o resultado. Ainda mais com um espelho, em que você se vê por inteira. Estou a me especializar em artigos femininos. Acredito que tenho uma certa queda em agradar a mulheres. A minha mãe ficou muito contente (ela iria dizer que não??) com o resultado. Esta sapateira que está mais abaixo possui dois metro de altura, um metro e largura e uns 20 centimetros de profundidade. Ela é dupla. Abre-se totalmente, assim você pode admirar tudo o que possui em um só lugar (será??). Para aqueles que quiserem se aventurar a construir uma, recomendo é muito fácil. Se alguem quiser algumas dicas, entre em contato.
Bem, já escrevi muito, vamos ao resultado.






Cadeira Escada

Quando pensamos em Benjamin Franklin nos vem em mente o pára-raios, bifocais e é claro a criação do EUA. Mas entre as missões diplomáticas à Europa, havia um homem que tinha uma mente brilhante para inventar coisas. Como vocês sabem, eu sou um zero à esquerda em criatividade. Sou um “ladrão” de idéias. Então me apropriei das idéias deste grande homem. E “criei” esta cadeira. Ela é um “objeto de decoração”, serve como cadeira e ao mesmo tempo com um simples virar, torna-se uma escada. Muito apropriada para as mulheres, que algumas vezes tem que acessar a parte superior de guarda-roupas e inventa de subir em qualquer coisa. Deste modo, com total segurança e conforto existe uma escada que ninguém a vê, mas existe. Foi confeccionada em cedro rosa, uma dobradiça piano, lixa e verniz. A versão que está aqui é fácil de construir e ideal para qualquer para casa. É um projeto de quatro etapas, que é articulada na etapa média. Quando os pivôs de cima estão para baixo, no chão é uma escada. No passo seguinte torna-se um assento e
as pernas traseiras se tornam uma cadeira, simples assim. Qualquer um pode fazer. E o que é melhor, as mulheres vão adorar o “mimo”. Chega de conversa e vamos às fotos.





domingo, 4 de dezembro de 2011

Cabideiro

Com o intuito de dar uma presente util para minha tia, resolvi fazer um cabideiro para ela. Mas ela foi "roubada" por meu tio, que se "adonou" da peça. Este móvel, foi confeccionado com uma madeira chamada de marupá. Ela é do norte do Brasil. Extermamente leve e com uma cor creme bem clarinha. Possui um cabide para o paletó, quatro suporte para calça e um estrado para dois pares de sapato. É na verdade mais um objeto de decoração para o quarto, do que um móvel propriamente dito. Nele, investi perto de 12 horas de trabalho. Vocês sabem não sou muito experiente, então faço tudo com muita lentidão. Mas quem conhece meus trabalhos, percebe que coloco uma grande dose de energia e bons pensamentos naquilo que faço. Costumo, enquanto faço algum trabalho, sempre pensar na pessoa que será agraciada. Por isso os objetos que faço carregam um forte carga emocional, com muita energia e bons pensamentos. Sempre estou disposto a aceitar novos desafios. Tenho um projeto, para breve, que será um banco alemão, para ser disposto na cozinha. Abaixo acompanhe o trabalho.



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Caixa de costura

Costurar é a arte de coser, ou seja, unir com linha ou qualquer outro tipo de fio, com o auxilio de uma agulha. Toda mulher possui uma Caixa de Costura. Pensando nisto, bolei uma caixa. Muito simples modelo retangular, com uma profundidade razoável, uma tampa, unida com dobradiças. Utilizando-me de um retalho de forro automotivo, encapei a caixa e dei de “presente” (presente de grego, pois não estava pronta!), para minha tia. Como ela é uma pessoa muito criativa, forrou a caixa com étamine, tecido especial para bordar (em geral ponto de cruz) fez algumas flores e ramos. O resultado é este. Acredito que se eu fizesse uma parceria com ela, poderíamos fazer em séria para presentear as mulheres que tem por hábito, fazer trabalhos manuais. É incrível, mas nem sequer a minha mãe ou minha mulher possuem uma destas. Estou a dever uma para elas. Acontece que o meu ramo é madeira, não bordado. Vejam, teria uma produção considerável, em uma escala industrial. Cada amiga de minha mãe, minha tia e até mesmo as minhas, ao receber o presente iriam se prosear para as suas outras amigas. Já pensou a quantidade?
Teria produção em escala! Desta caixa existem três duas com minha tia e uma com a Clarisse, amiga da família de longa data. Chega de papo, deliciem-se com as imagens. Em uma das fotos aparece minha mulher no fundo, ela esta ainda a se recuperar
de seu último câncer (já é o terceiro!). Mas está reagindo bem ao tratamento.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Balcão para Bombona d´água

A idéia surgiu a partir de uma necessidade básica: matar a sede. Em minha oficina disponho somente de um pequeno banheiro. Sempre tenho que levar água potável para lá. Então "roubei" uma bombona d´água lá de casa e instalei um sifão. Resolvi o problema da sede. Mas, sempre tem um mas, onde colocar? Resolvi fazer um pequeno balcão para colocar a tal bombona. Mas e os copos? Vivem empoeirados. Fiz com uma pequena gaveta para eles. Mas e o resto? E a ergonomia? Então surgiu a idéia de aproveitar a parte de baixo para guardar qualquer coisa. Ficou bom. Mas como havia uma sobra de compensado naval, e aproveitando o aniversário de minha tia, mãe da Claudine, resolvi fazer um balcão mais elaborado. Com gaveta marchetada e portinha. Simples, mas foi trabalhoso. Surge desta maneira um verdadeiro "mimo" como diria a minha mãe! Deixei-o com acabamento branco e verniz brilhantes. A madeira é para quebrar o branco. É um ensaio para trabalhar com chapas de compensado. É o meu primeiro trabalho com este material. Espero que apreciem.






quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Conjunto de Banquetas e Mesinha de Centro

A partir de algumas sobras de madeiras, utilizadas na construção civil, foi possível fazer algo bastante rústico. Madeira de cobertura de cambará, e alguns sarrafos de marupá, fizeram este conjunto de banquetas e mesinha. Para a mesinha usei uma peça de porcelanato de 60X60 cm. Custou R$ 15,00 o tampo, não há marcas de parafusos que sejam visíveis. Fiz uso de parafusos internamente, na parte aparente, usei na face posterior, cavilhas de marfim. A idéia do designer da mesinha é de minha prima Claudine, achei genial. As banquetas é idéia de minha mãe, Lídia. Ela me pediu faz um banquinho “mocho”, ou seja, sem encosto. Nele, os parafusos são “escondidos” com um “tapa furo” de canela. O assento é de fio de sisal. O resultado você confere logo abaixo. Espero que gostem!





terça-feira, 29 de novembro de 2011

A arte de engraxar sapatos

Todo Homem, deve ser asseado, cheiroso e bem trajado. Seguindo esta linha de raciocínio, o sapato não foge a risca. Para conhecer um Homem , basta olhar para os seus pés. Desde de Fernando Henrique Cardoso (Ex-presidente) até o mais humilde funcionário público tem os seus sapatos sempre em ordem. Alguns homens que conheci e que pude obersevar os sapatos: Sr. Gilberto (já falecido) comissário de menores, Sr. Ricardo Altohof (já falecido) ocifical de justiça, Dr. Arlindo Juiz de Direito, Ex-reitor da Furb e Dr. Natel Médico e Reitor da Furb. Lembro que quando criança conheci um Homem, que de tão pobre punha jornais em seus sapatos. Ele não queria essa vida. Trabalhou muito. No exercício de suas funções, era um servidor público estadual da pasta de justiça, teve o hábito e sempre estar trajado em seu ternos bem cortados, e sempre alinhados. Seus sapatos eram um primor. O nome dela era Ricardo Althof. Era uma pessoa que eu admirei muito. Nunca conheci um Homem que não media esforços para ajudar alguém. Você conhece o quanto ela é cuidadosa com as coisas da vida pelo sapato.
Também tenho um amigo, que na minha infancia, era funcionário da URB (Urbanizadora de Blumenau) e que tinha sido no inicio de sua profissional fora engraxate de sapatos. Ele sempre comentava que o Sr. Gilberto lhe dava uns trocados, além de pagar pelo serviço prestado. O nome dele é Alcides, hoje operador de trator no Samae de Blumenau. O Alcides me dizia que o Sr. Gilberto, todos os dias engraxa o seus sapatos com ele.
Engraxar o sapato de vez em quando é literalmente vê-lo renascer das cinzas.
Engraxate é o homem responsável pelo polimento e limpeza de sapatos.
A tradição oral napolitana remete ao ano de 1806 o nascimento do ofício de engraxate,
quando um operário poliu em sinal de respeito às botas de um general francês e foi
recompensado com uma moeda de ouro por isto. O engraxate itinerante tinha uma caixa
ao ombro contendo verniz, escovas e espanadores; na cobertura da caixa tinha uma armação
de madeira para apoio dos pés alternadamente. Os engraxates, em local fixo,
tinham poltronas enormes, quase dos tronos, com cromado dourado e tapeçarias de veludo vermelho.
Os engraxates trabalhavam das oito da manhã as oito da noite, com uma breve pausa, ao meio-dia, para o almoço. Eles ficavam, principalmente, nas esquinas dos cafés; nos lugares mais movimentados. Durante a Segunda Guerra Mundial, no período da ocupação anglo-americana, apareceram os “sciusciàs”, garotos que para ganhar qualquer coisa lustravam as botas dos militares, além de terem cópias de jornais, goma de mascar e doces. As condições de vida e a luta diária para a sobrevivência destes jovens são descritas magistralmente por Vittorio De Sica em “Sciuscià” (filme de 1946). Ao término da guerra desapareceram o sciusciàs e também os engraxates de Nápoles, no início dos anos cinqüenta eles eram apenas mil.
Hoje em dia, caminhando pelas ruas napolitanas, ocasionalmente, pode-se encontrar algum.Nos dias de hoje é cada vez mais difícil encontrar um engraxate por aí, a profissão se torna cada vez mais escassa já que as oportunidades e a diversidade de profissões e qualificações do mundo moderno aumentaram, os engraxates vão sumindo e assim os profissionais responsáveis por dar brilho nos sapatos estão entrando em extinção.
Os meus sábados de manhã, antes do almoço são destinados a isso (aproveito o sol para secar bem a graxa). Depois do almoço é só terminar o serviço!
Para engraxar os seus sapatos de couro você vai precisar de:
dois pedaços de pano;
uma escova de engraxar sapatos;
graxa de sapatos, eu tenho várias: preta marrom, wiskey, azul, verde, vermelha e incolor;
uma escova pequena.
A primeira coisa que deve ser feita é uma limpeza nos sapatos com um pano umedecido em água, para tirar toda a sujeira.
Usando a escova de pequeno porte, espalhe a graxa sobre os sapatos.
A graxa deve ser espalhada até formar uma fina camada sobre todo o sapato.
Após aplicar a graxa aguarde uns dois ou três minutos a secagem da mesma.
Passe a escova de engraxar por todo o sapato por várias vezes e com um pouco de força,
até que o sapato fique brilhando.
E para finalizar passe um pano seco por todo o sapato por várias vezes, para que ele fique
ainda mais brilhante.
Pronto! seus sapatos estão novos e brilhando!
Pensando nisso, resolvir fazer uma caixinha para acondicionar as "ferramentas" de trabalho do verdadeiro Homem. Ei-las:







segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Equilíbrio

Equilíbrio é o estado de repouso de um corpo solicitado por várias forças que se anulam. Também pode ser ponderação, calma, prudência, daí surge o equilíbrio de espírito. Neste caso, a física clássica nos dá uma explicação para o fenômeno. É a condição necessária e suficiente para o equilíbrio de um sistema de forças aplicadas a um sólido. Anulando assim a sua resultante e o momento do sistema de forças (momento nulo em relação a um ponto qualquer). Diz-se que um corpo está em equilíbrio quando a resultante de todas as forças que agem sobre ele é nula. Assim, a força resultante e o conjugado são nulos. Difícil, não?
Pois bem pensando nisso, tive a idéia de unir o conceito da física clássica com a qualidade vida. O resultado foi surpreendente. Consegui a partir de tocos de madeira que iriam para a lenha, fazer algo muito diferente: um suporte para garrafa de vinho. Sim, o objeto é o resultante, em harmonizar, a beleza da madeira, com equilíbrio físico e mental, e ainda ser ecologicamente correto.
O material utilizado são restos da construção civil, madeiras para cobertura. Pontas de caibros, vigas, terças, etc. Tudo serve. O nome da madeiras que utilizei foram: ariribá, roxinho, cedro, canela, itaúba, cambará e tudo o mais que aparecer. A seguir o resultado, utilizando a madeira que eu acho a mais bonita de todas, ariribá. Se você gostou da peça, entre em contato, que poderei fornecer uma a você, porque tomar uma garrafa de vinho, com alguém querido é tudo de bom nesta vida.